sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Evolução da Vida no Planeta TERRA

Mais um avanço na compreensão do desenvolvimento da vida no Planeta Azul.

Citando o Público de 2008.10.16:


Informativo-Notícia 2008-10-15 21:31:00

A conquista da terra começou por um pescoço

Dois anos e muito estudo depois, a anatomia interna do crânio do fóssil mostra os passos intermédios da transformação das estruturas que levaram animais incapazes de mexer a cabeça a seres que não precisam de água para se sustentar.

"Pensávamos que esta transição do pescoço e do crânio fosse uma passagem rápida", disse um dos autores do estudo a publicar amanhã na revista "Nature", Neil Shubin, da Universidade de Chicago. "Faltava-nos a informação sobre os animais intermédios. O Tiktaalik preenche este buraco morfológico. Mostra-nos muitos dos passos individuais e esclarece a questão do timing nesta transição complexa."

O vertebrado viveu há cerca de 375 milhões de anos no Devónico. Era um predador com 1,80 metros e vivia em águas pouco profundas.

Os ossos foram descobertos em 2004 na ilha de Ellesmere, no Canadá. Tinha o crânio, o pescoço, as costelas e parte dos membros como os tetrápodes, mas as mandíbulas primitivas, as escamas e as guelras eram iguais aos dos peixes.

Os novos estudos deram mais informação. "Vemos que as características do crânio que antes eram associadas a animais que viviam em terra apareceram primeiro como adaptações a águas pouco profundas", explicou o primeiro autor do estudo, Jason Downs.

A cabeça do Tiktaalik tinha uma construção mais sólida do que os seus antepassados e era móvel relativamente ao resto do corpo, o que permitia sustentar-se no leito dos cursos de água. O fóssil tinha um osso mandibular que nos peixes coordena o movimento, a alimentação e a respiração, mas muito reduzido. Nos tetrápodes a estrutura também é mínima e evoluiu para um dos ossos do ouvido. Todas estas mudanças foram essenciais para o que estava por vir, a colonização da terra.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Al-munákh (2)

Está um fim de tarde muito calmo e sereno, praticamente sem bafo de vento mais de um fim de Verão Setembrino do que de um Outonal Outubro.

E falemos de outra lenda das Arábias ainda relacionado com esse digno animal, de porte, que é o CAVALO.


Há muitos anos, no deserto da Arábia, vivia um guerreiro beduíno que possuía uma égua especial.

A égua acompanhava-o sempre e podia ler os seus pensamentos, permitindo-lhe a vitória nas batalhas e suscitando a inveja das tribos.

Um dia, o beduíno foi ferido gravemente numa luta. Com o seu amo inconsciente e a quilómetros do acampamento, a égua carregou-o sobre o seu lombo, com cuidado.

Avançou durante dias sem comida ou água.

Quando a corajosa égua chegou ao seu destino, estava exausta e o seu amo estava morto. Removeram o corpo: no lombo havia uma mancha de sangue.

Eles perderam o seu sayyd (chefe) mas estavam gratos pela devolução do corpo à família. A viagem foi dura, a égua estava prenhe. Temiam.

Mas na Lua Nova o potro nasceu vigoroso, saudável, de qualidade excepcional.

No lombo tinha uma mancha, idêntica à que o sangue do amo deixara no lombo da mãe.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Al-munákh

Num bom fim de tarde, mesmo que não tenhamos a felicidade de estar num deserto mas podemos substituir pela calma planície alentejana, façamos um "al-munákh".

Normalmente nestas ocasiões cria-se um bom ambiente para que as conversas se desfiem, sem nenhuma linha definida podendo passar de um comentário a um acontecimento do dia a uma história contada como uma lenda.

Uma lenda como a da criação do CAVALO por Alá, que segundo consta criou tal animal tomando uma mão cheia de El Marees (vento sul) bafejando-a.

"Eu criei-te para que sejas único.
Terás o olhar da águia, a coragem do leão e a velocidade da pantera.

Do elefante dou-te a memória, do tigre a força, da gazela a elegância.

Os teus cascos terão a dureza do sílex e o teu pêlo a maciez da plumagem da
pomba.

Irás saltar mais do que o gamo, e terás do lobo o faro.
Serão teus à noite os olhos do leopardo, e orientar-te-às como o falcão, que
regressa sempre a casa.

Serás incansável como o camelo, e fiel como o cão !

E para sempre te dou a beleza da rainha e a majestade do rei.

Hossane, que a doçura da vitória repouse sobre os teus olhos. Que carregues
no teu dorso tesouros. Que a tua sela seja o meu templo.

Que voes sem possuir asas e conquistes sem o uso de nenhuma espada."

E com o sentimento desta lenda o fim da tarde fez-se noite.