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Doutorado em Modelação
de Doenças Pulmonares pela Universidade de Tromso, Noruega
Carta Aberta ao Presidente da República sobre a crise sanitária
As estimativas de alguns dos maiores especialistas são que a taxa de
letalidade do vírus é muito inferior ao estimado e logo o risco é, também,
muito inferior. Não se trata de uma calamidade sanitária
26 abr 2020,
21:43472
Excelentíssimo Senhor
Presidente da República Portuguesa
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República Portuguesa
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
Assunto: Carta aberta sobre a crise sanitário-política
actual. Pedido de levantamento do Estado de Emergência, suportado pelo número
crescente de evidências científicas que sugerem a irrelevância atual das
medidas de contenção social
O meu nome é André Dias. Sou Doutorado em Modelação de Doenças Pulmonares
pela Universidade de Tromso, na Noruega, casa do Centro Norueguês de
Telemedicina parceiro de referênca da OMS. Desenvolvi o trabalho experimental
no Instituto de Estatística médica e Epidemiologia da Universidade Técnica de
Munique em colaboração com o Helmoholtz Zentrum Munique, uma das mais
prestigiadas instituições do mundo na área de investigação em epidemiologia.
Perante a crise sanitária-política que vivemos, sinto ser meu dever escrever a
V. Ex.ª, tanto na qualidade profissional de alguém que em tempos trabalhou temas
próximos da virologia e da epidemiologia, como de cidadão português
consciencioso e preocupado.
Como sabe, no momento em que a Covid-19 chegou ao nosso país, os
conhecimentos existentes sobre o vírus eram muito escassos. Todos os modelos
desenvolvidos para estimar as possíveis consequências do desenvolvimento da
doença tinham carácter sobretudo especulativos e, como tal, provisórios – como,
aliás, todos os modelos sempre têm.
Um desses modelos, desenvolvido pelo Imperial College, apresentou grandezas
numéricas de ordem catastrófica para a vida humana. Por ter sido um dos
primeiros e por ser proveniente de uma instituição prestigiada, esse estudo foi
o que exerceu maior influência académica sobre os governos, os quais se
sentiram tanto pressionados como legitimados a agir no sentido da prevenção e
defesa da saúde dos seus cidadãos. Hoje, a generalidade dos cientistas e
especialistas externos que tiveram acesso a esse documento – o qual não havia
sido publicado nem revisto por pares — encontram-lhe erros grosseiros que
colocam em causa a sua validade.
Em simultâneo, temos agora suficientes evidências científicas para afirmar
com relativa confiança que as consequências da epidemia são e serão muito
inferiores às previsões catastrofistas iniciais. Alguns estudos sugerem mesmo
que a taxa de mortalidade da Covid-19 é pouco superior à da gripe comum.
Os testes de anticorpos que têm sido realizados são objetivos e claros. As
estimativas de alguns dos maiores especialistas mundiais e de algumas das
instituições mais consagradas no campo da epidemiologia são coerentes. Uma
larga percentagem da população – entre 50 a 85 vezes mais do que até agora
julgávamos – pode já ter sido inoculada pelo vírus. Como tal, a taxa de
letalidade é muito inferior ao estimado e logo o risco é, afinal, muito
inferior. As melhores estimativas de taxa de letalidade colocam-na abaixo dos
0,36%. Não se trata de uma calamidade sanitária.
Para conveniência de V. Ex.ª, incluo ligações para alguns estudos e
declarações formais ou informais de alguns destes especialistas, estando longe
de ser exaustiva, sendo antes indicadores de uma tendência, em anexo.
Tendo em conta os nossos conhecimentos atuais sobre a Covid-19, sabemos
hoje que as medidas preventivas de contenção já não são necessárias sob um ponto
de vista sanitário, e que, como tal, deveriam ser imediatamente levantadas.
Outros tantos estudos sugerem ainda que as medidas preventivas serão mais
danosas para o tecido social do que a própria doença, podendo mesmo ser
associadas a um número superior de óbitos a médio e longo prazo.
No entanto, estou ciente de que, a par do problema sanitário, temos agora
um problema psicológico: os cidadãos estão com medo. Mesmo que a perigosidade
percepcionada do vírus seja ilusória, o medo instalado é real e dificulta a
interpretação racional dos dados atuais.
Compreendo pois que os nossos governantes tenham de agir com cautela. O
cessar das restrições, do isolamento social, da quarentena, terá porventura de
ser faseado para evitar o descrédito nas instituições governamentais e o
aviltamento do medo ou outras emoções negativas entre os cidadãos. Confio no
bom-senso de V. Ex.ª e dos nossos governantes para tomar as melhores decisões
no sentido do restabelecimento da normalização da vida quotidiana, da defesa
das liberdades individuais e da plena restauração dos direitos de cidadania.
Expresso deste modo o meu humilde contributo e apoio político ao
levantamento do Estado de Emergência por parte de V. Ex.ª, bem como de um
discurso que vise desdramatizar a situação, a partir das evidências científicas
que agora nos assistem.
Submeto ainda a minha inteira disponibilidade a V. Ex.ª para prestar
quaisquer contributos adicionais, bem como submeter os meus conhecimentos
especializados ao serviço dos portugueses.
Com os meus melhores cumprimentos,
André Dias, PhD
Algumas opiniões de especialistas:
Alguns estudos com resultados relevantes na avaliação
do risco, que indicam muito mais casos que os conhecidos, logo diminuindo
dramaticamente as estimativas de letalidade conhecida:
·
Islândia
·
POLÍTICA
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